Crítica

No primeiro episódio, Marcus aborda números sagrados, a importância do Pi e suas aplicações, números imaginários, o curioso ciclo de vida de uma espécie de cigarras que viram adultas a cada treze anos, e a proporção perfeita entre as câmaras da concha de um Nautilus. No segundo, ele investiga rochas irlandesas que se aglomeram em hexágonos, uma mina de sal alemã com formas geométricas perfeitas, e a geometria de bolhas de sabão (é mais interessante do que parece), relacionando isso à geometria pitagórica e seus poliedros. A série encerra com Marcus abordando geometria fractal, a teoria do caos, efeito borboleta, o Google utilizando algoritmos para prever gripes através da busca dos internautas e finalmente encerra com um estudo sobre a proporção em que a felicidade das pessoas melhora com o aumento das cidades.

A série tem ótima produção, com cenários belos e variados e uma fotografia de altíssima qualidade. Os temas são clássicos na biologia, tecnologia e arquitetura, e ele entrevista vários especialistas para justificar o seu código. Porém, Du Sautoy não é um apresentador muito carismático, e sua apresentação em tom arrogante acabam sendo um ponto negativo para a aceitação das suas ideias. Além disso, ao optar por tantas teorias e abordagens em trẽs episódios, ele nunca chega a se aprofundar na maioria deles. Além disso, ele passar o documentário prometendo um código para compreensão de passado e previsão do futuro, o que ele nunca entrega.

Dessa forma, a série é muito interessante para despertar a curiosidade sobre diversos temas interessantes, sem de fato entregar o suficiente para elucidar a maioria deles. Pior ainda, falha totalmente em interligar todos os assuntos abordados em um “Código”, que nunca é entregue.